quarta-feira, janeiro 25, 2012

Liberdade infantil

Os discursos que pautam a educação, formal e informal, recaem na permissividade, dar liberdade às crianças para descobrirem, decidirem, pensarem sem condicionamentos.
Felizmente não tive essa educação, infelizmente fui rebelde à educação directiva que tive e muitas vezes sozinho descobri, decidi e pensei. Hoje, vejo vários episódios do passado com arrependimento.
Com a idade aprendi que, na juventude aprendemos, na maturidade compreendemos. Como as crianças não são capazes de compreenderem muito do que ouvem e retêm, o papel do adulto é fundamental, muito mais do que o mero espectador que só está presente para amparar. Defendo que o adulto deve estar presente para orientar e muitas vezes decidir e bloquear.
Talvez este seja um pensamento retrógrado para a sociedade hodierna, no entanto não posso deixar de verificar uma associação positiva entre a liberdade das crianças e adolescentes e o número de paredes riscadas; a Escola moderna e o desrespeito para com os professores e funcionários; a proibição dos pais tocarem nos filhos e o aumento da imoralidade.
Talvez sejam apenas meros acasos.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Todos os homens precisam

Muitas das melhores coisas que fiz foi debaixo das directrizes de outras pessoas. Quando penso em fazer algo melhor, procuro sempre estar debaixo das directrizes dos princípios que Deus deixou em registo escrito, ou seja, continuo debaixo da orientação de alguém.
Estou certo que para os homens ter um guia é tão fundamental como comer, beber e dormir.

A ameaça constante

Confortavelmente sentado, deliciava-me a ler. Estava num estado de prazer (lia o "Princípio de Peter". Leitura altamente recomendada).
De súbito lembrei-me, “tenho que terminar de escrever um artigo”. A leitura terminou. Que pena.
É a vida; no nosso mundo os prazeres são constantemente ameaçados pelos deveres.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

As greves e os deveres

Ultimamente temos assistido a greves amiudadamente, trabalhadores que, a bem de um estado justo, reivindicam os seus direitos – melhores condições de trabalho, mais justa remuneração salarial, menos tempo de serviço efectivo e etc reticências. Os sindicatos, que sempre lutam pelos direitos da plebe, por vezes incitam as facções populares e fazem os magotes de funcionários e trabalhadores aperceberem-se daquilo que sem estímulo não era senão um direito inexistente. Não sou contra as greves, ou contra os sindicatos, sou apenas contra a busca desenfreada de direitos, contra a procura de realidades que não têm condições de existirem, contra o esquecimento dos deveres. Acredito, e cito as palavras de um "aprendiz", que “com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicamos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor”.