quarta-feira, novembro 30, 2011

Protestos eternos

Desde que tenho memória de me interessar pelos problemas da classe docente, sinto que sempre houve um mal-estar. Greves contíguas foram feitas, feriados avonde tive como aluno.
Agora, como professor, observo que greves continuam a ser a voz activa e efectiva de protesto. Com uma simples calculadora, e principalmente se analisarmos as percentagens de adesão de acordo com os sindicatos, rapidamente se chega a conclusão que o Estado economiza alguns bons milhares de euros, pois a talhada no ordenado é justa e automática. Ou seja, para o Estado bem-vindas sejam as greves.
Porquê o mal-estar? Nunca entendi.
Felizmente novidades surgiram e, a meu ver, a carreira docente será dignificada com o novo Estatuto. Não obstante, novamente greves foram feitas, palavras de protesto proferidas e cartazes mostrados.
Do que li, através de fonte segura, congratulo as novas alterações. De facto, ser avaliado periodicamente não intimida os professores competentes. Haver critérios mais rígidos para progressão na carreira, não incomoda os professores mais dedicados. A chegada ao topo da carreira não estar acessível a todos, não tira o sono aos mais esforçados. Parece que haverá mais justiça no processo e mais qualidade na educação.
Então, porquê tanto alarido de protesto?
Seria interessante verificar-se, talvez através de um estudo com uma análise de clusters, as características comuns dos professores descontentes.
Uma coisa é certa, os esforçados, competentes e dedicados, parece que pela primeira vez serão discriminados positivamente.

quinta-feira, novembro 24, 2011

O grande espelho

“Muito obrigado”, disse a dona Natividade, quando abri a porta para que pudesse passar. “Muito obrigado”, disse a dona Ludovina, quando a ensinei a trabalhar no computador.
Entrementes, “muito obrigado” eu disse, quando a dona Natividade me ofereceu uma sandes de presunto, e ainda, “muito obrigado”, disse eu, quando a dona Ludovina, já fora do seu horário de trabalho, fez uma chamada telefónica importante e urgente para mim.
Enfim, o mundo é como um espelho, o que fizeres para ele, ele fará o mesmo para ti.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Quem não sabe

Eis o que ouvi: Quem sabe faz, quem não sabe ensina". Parece que estou condenado a não saber, porque o ensino é a minha paixão.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Defeito comum

“… é um defeito comum nos homens, mais facilmente dizerem o que julgam querer ser ouvido por outrem do que cingirem-se à verdade.”
Saramago, J. (2000). Memorial do Convento. Lisboa: Caminho. pp 163.