quarta-feira, abril 27, 2011

Quem sabe de quem?

“Cada um sabe de si”, oiço vezes avonde. Outra, “cada um por si, Deus por todos”.
Tenho uma opinião diferente, aprecio particularmente a visão de Montapert. Somos totalmente responsáveis pela qualidade da nossa vida e pelo efeito sobre os outros, quer pelo exemplo, quer pela influência directa.
Importa cada um saber de si e dos outros concomitantemente.

quarta-feira, abril 20, 2011

Os destemidos

Olhando para os dossiers pejados de artigos que, nos últimos dias, me entretenho a ler por obrigação ocupacional, apercebo-me que quando falo sobre os assuntos neles contidos tenho mais reservas.
Ao reflectir apercebo-me que no passado era audaz, agora sou mais retraído. Concluo assim que a ignorância é afoita e o conhecimento é reservado.
Fico então admirado com o exponencial número de afoitos que conhecemos.

segunda-feira, abril 11, 2011

A fotografia humana

A verdeira dignidade do Homem está no pensamento. Por isso, todo o Homem deveria pensar bem e no bem. É nesse ponto que reside o princípio moral.
Se assim é, como podemos considerar a nossa sociedade, de uma maneira geral, sabendo que o bem só é feito quando há obrigação?
Quantas casas vendidas com declaração de valores diferentes do real. Quantos produtos vendidos sem o devido registo e pagamento do IVA. Quantas mentiras proferidas diariamente. Quantos relações extra-conjugais acontessem. Quantos patrões exploradores existem. Quantos...
Vivo ainda a espera de ver uma melhor fotografia da humanidade.

quarta-feira, abril 06, 2011

Poder incompleto

Acredito que o dinheiro compra quase tudo – felicidade, amor, saúde e muitas outras coisas.
Para os que discordam das palavras antes escritas, defendo-me afirmando que estudos científicos comprovam a associação positiva entre o dinheiro e a felicidade. Quanto à saúde, basta verificarmos que os países mais ricos apresentam uma menor taxa de mortalidade infantil e a inexistência de certas doenças. Em relação ao amor, não acredito que um antigo jogador do SLB, ex-coveiro, teria conquistado a mulher que tem se continuasse com a antiga profissão e estatuto socio-económico.
No entanto, mesmo tendo um poder extraordinário nas nossas vidas, o dinheiro continua a não ser suficiente para comprar duas coisas, a salvação da alma e o abanar da cauda de um cão. Por isso defendo que o que o dinheiro faz por nós não compensa o que fazemos por ele.